Não tenho dias de ti
em todos os horários
mergulhados nas amoreiras cinzentas
não posso acreditar nas
tuas tristes palavras
que alimentam a máquina
dos sonhos
não
não tenho dias de ti
e em ti
as películas negras da
paixão
desertaram
morreram
esgotaram-se como
amêndoas de cartão
no amanhecer
desconhecido,
Não
não tenho dias de ti,
Em ti
e em ti,
Não
não tenho dias em ti
e em ti,
Não tenho dias de ti
às conversas mórbidas das
tardes poeirentas
há silêncios que
demoram...
há em ti
momentos
desejos
circos ambulantes entre
rosas e palavras sem sentido
tu
eu
perdidos dentro do mundo
sem fechadura...
e sofremos
e sofremos as sílabas dos
calendários falsificados.
Sem comentários:
Enviar um comentário