(o som que oiço)
os teus olhos são as
minhas cerejas
as minhas cerejas são as
amêndoas dos teus lábios
dos teus lábios as
amêndoas
são as minhas palavras
(o som que oiço)
infinitamente
é estranho
quando caminha nas tuas
mãos
discretamente sobre a lua
toda nua
a poesia
e toda a porcaria
que oiço
(os teus olhos são as
minhas cerejas
as minhas cerejas são as
amêndoas dos teus lábios
dos teus lábios as
amêndoas
são as minhas palavras)
os lábios em amêndoas das
minhas palavras
quando olhas a clarabóia
da insónia
e toda a porcaria
que escrevo e chamo de
poesia...
nas minhas cerejas
sílabas dos teus olhos.
Sem comentários:
Enviar um comentário