espero-te como se fosses
a noite e me trouxesses as listras encarnadas da solidão
como se fosses a janela
dos meus sonhos
e me trouxesses
a fantasia
e a paixão
revestida
negra
a fome
depois de acordar a
madrugada
depois de cessar este
empobrecido coração
espero-te
espero-te eu porquê?
depois...
depois o quê?
que não dormes
e que sonhas comigo?
espero-te na esquina da
insónia
e tu não és de carne e
osso...
como os humanos que
aprendi a distinguir e a amar e a odiar...
às vezes
depois
tenho-te medo
que vagueis em mim como
os tristes ângulos dos teus lábios
entre senos e co-senos
magoados
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