Preciso que a tua sombra
ilumine o meu silêncio, de um pedaço de nada
Sobre o mar. Aos poucos
deixei de ver o mar, sentir o cheiro
Do mar. Aos poucos os
meus versos
De mar,
Deixaram de ser os versos
De mar.
Aos poucos tudo morre,
aos poucos
O verbo é a palavra
Que o teu cabelo amansa,
Quando a noite,
É o mar.
E quando o mar
Não é a sombra do teu
corpo, de mar
E quando a rua
É apenas uma linha
perdida na chuva, aos poucos
Erguem-se as casas, e
morrem
As pessoas. Aos poucos
Não pertenço mais a este
triste silêncio
Que aos poucos,
É a geada da madrugada!
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