terça-feira, 10 de setembro de 2024

 

Preciso que a tua sombra ilumine o meu silêncio, de um pedaço de nada

Sobre o mar. Aos poucos deixei de ver o mar, sentir o cheiro

Do mar. Aos poucos os meus versos

De mar,

Deixaram de ser os versos

De mar.

 

Aos poucos tudo morre, aos poucos

O verbo é a palavra

Que o teu cabelo amansa,

Quando a noite,

É o mar.

 

E quando o mar

Não é a sombra do teu corpo, de mar

E quando a rua

É apenas uma linha perdida na chuva, aos poucos

Erguem-se as casas, e morrem

As pessoas. Aos poucos

 

Não pertenço mais a este triste silêncio

Que aos poucos,

É a geada da madrugada!

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