Horríveis
as madrugadas ausentes da
tua invisibilidade
as noites sem noite
as estrelas ardem nas
ardósias do desejo
horríveis
as tuas mãos de ninguém
quando tocam o meu rosto
de granito abandonado
horríveis
as madrugadas ausentes
quando as janelas do meu
quarto se transformam em vãos de escada
com grades de aço
horríveis
eu à tua espera junto ao
cais travestido de mendigo
a desenhar um rio de
mentira
onde brinca um amor
dentro da clareira
e correm as gaivotas dos
teus olhos
inventados por mim numa
noite de loucura
horríveis
todos os nomes
e flores e árvores da
floresta do amor.
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