uníamo-nos como silêncios
rochedos que o mar absorvia
e de uma pequena palavra
escrita tua mão docemente desabitada
tínhamos uma janela
quando a abríamo-la e poisávamo-nos como ramos de oliveira
numa orgia manhã magoada
no fundo de um poço
um efémero buraco com
triângulos lábios
e de uma pequena...
conversa de criança
a palavra descrita quando
o corpo se evapora e acompanha a manhã
hoje é segunda-feira e
tudo desaparece conforme a luminosidade eira dos sonhos...
uníamo-nos como
silêncios,
em prata folhas
alimentadas por sombras de alecrim
abríamo-la com os
pequenos sorrisos dos aleijados desenhos
que eu sem jeito nem
perfeito
deixei cair nas escadas
do ausentado mestre da solidão canina
parecíamos uns velhos
alicates enferrujados
esquecidos à porta de uma
velha tasca
na cidade grande com ruas
estreitas e muitas janelas de tecido...
Sem comentários:
Enviar um comentário