sábado, 24 de agosto de 2024

 

Por cá somos poucos do que fazemos para fingir que o sol está envergonhado

A maré já está longe do silêncio

Tenho de fazer uma lágrima

Depois um insecto dispara uma palavra

Há uma coisa para dissecar

E

Quando chegares avisa para eu fechar a morte...

 

A saudade do ferro fundido e do meu beijo de uísque

A janela está aberta para o teu púbis

Uivos de luz desculpam-se e escrevem o teu nome na noite

Como se a noite não soubesse que alguém esqueceu aqui o guarda-chuva.

 

Hoje estarás? Triste. Perfeito estado de alma.

As flores são soldados que alguém tem de colher logo pela manhã

Pertencem à terra e ao menos sabem matemática e geometria descritiva

Porque os óculos não são árvores de espuma

Porque são coisas diferentes que dizem saber riscar o teu cabelo na almofada da paixão.

 

Queria dormir na tua boca

Quando acordar a morte dentro deste labirinto de qualquer coisa de insignificante e modesto para mim

Queria perguntar se não me lembro da manhã

E só tenho uma palavra para fazer um desenho...

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