Por cá somos poucos do
que fazemos para fingir que o sol está envergonhado
A maré já está longe do
silêncio
Tenho de fazer uma
lágrima
Depois um insecto dispara
uma palavra
Há uma coisa para dissecar
E
Quando chegares avisa
para eu fechar a morte...
A saudade do ferro
fundido e do meu beijo de uísque
A janela está aberta para
o teu púbis
Uivos de luz desculpam-se
e escrevem o teu nome na noite
Como se a noite não
soubesse que alguém esqueceu aqui o guarda-chuva.
Hoje estarás? Triste.
Perfeito estado de alma.
As flores são soldados
que alguém tem de colher logo pela manhã
Pertencem à terra e ao
menos sabem matemática e geometria descritiva
Porque os óculos não são
árvores de espuma
Porque são coisas
diferentes que dizem saber riscar o teu cabelo na almofada da paixão.
Queria dormir na tua boca
Quando acordar a morte
dentro deste labirinto de qualquer coisa de insignificante e modesto para mim
Queria perguntar se não
me lembro da manhã
E só tenho uma palavra
para fazer um desenho...
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