sexta-feira, 16 de agosto de 2024

 

desta maré de sono, que se entranha no teu corpo, cacimbo que poisa nos teus lábios,

sempre que a noite,

se despe em frente ao rio.

 

é este mar cinzento, disperso, sem madrugada nos teus cabelos,

pássaro em papel cremado pelo incenso,

se ergue na alvorada,

o medo, de amar.

 

no medo, em desejar. desta maré de sono, pobre em pão e rica em poesia, sempre que a tarde é apenas o silêncio do dia

ou sempre que a noite,

 

é o inferno das estrelas. senta-se numa cadeira de insónia o poeta que ama,

sem perceber que és apenas uma flor, suspensa no vento.

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