aos poucos, esqueço-me de
ti.
aos poucos, ergo-me desta
latitude envenenada por uma lâmina,
aos poucos,
salivo a distância até à
próxima estrela, aos poucos
sou também eu,
uma estrela.
aos poucos, caminho em
sentido à tua sombra, que aos poucos,
se veste de luz. aos
poucos, o dia engorda, os pássaros, os pássaros mergulham na manhã, que também
ela, aos poucos, se transforma em poeira. aos poucos,
a música é o sol, que aos
poucos, inventa o sono
na tua mão.
aos poucos, tomo café, e
acordo da bebedeira da noite passada.
aos poucos, oiço o meu
amigo gijón, dos poucos
ainda vivos, aos poucos
conversamos sobre os filhos, que nem eu e nem ele, temos. aos poucos, bebemos
cerveja, fumamos um charro, que aos poucos,
adormeceu no mercado.
aos poucos, esqueço-me de
ti!
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