Alijó
foi palco de lugares e pessoas características, que com o passar dos anos,
desapareceram. Quase que em cada esquina, havia uma tasca, um café ou um
restaurante.
Hoje
existem alguns imbecis e novos-ricos.
Hoje
o centro da vila está despovoado, e ao fim-de-semana, muitas das vezes, não há
onde se possa tomar um café ou saborear uma refeição. Dos poucos que existem,
estão encerrados ao fim-de-semana.
Depois
queixam-se os empresários de que os turistas não vêm, mas pensando bem, vêm cá
fazer o quê? Ver caixotes do lixo a abarrotar e cães vadios e restaurantes e
similares encerrados?
Em
meados dos anos oitenta, éramos cerca de dois mil alunos na Escola Secundário
D. Sancho Segundo e Escola Preparatória; hoje nem seiscentos são na totalidade.
Nos
intervalos das aulas, ou após as aulas, íamos até à tasca do Zezé pitadas, onde
hoje é o laboratório de análises da Unilabs. Bebíamos copos de vinho, moscatel
ou cerveja. Comíamos uma posta de raia frita ou um ovo cozido. Às vezes, quase
sempre, alguém levava uma guitarra e ficávamos lá…
Conversávamos
muito.
Não
tínhamos tecnologia, mas usávamos a cabeça.
Hoje
têm tanta tecnologia, e não utilizam a cabeça.
O
Zezé pitadas ou José de Barros Lopes foi um dos maiores dadores de sangue do
Concelho de Alijó com honras de notícia de jornal na altura e tem uma rua com o seu nome.
Que
saudades destes lugares e desta gente.
Sem comentários:
Enviar um comentário