terça-feira, 20 de agosto de 2024

 

(à Cristina)

sentava-me em todas as marés do meu relógio, a mão que afugentava a noite era apenas uma sílaba de sono,

quando se esquecia de acordar,

e eu sabia que do outro lado da rua,

uma vírgula fugia do poema.

eu sentia-me perdido.

procurava na algibeira um nome,

um nome que me servisse e servisse aqueles que me apedrejam,

sem nunca saberem, porque choravam as acácias da minha infância. o mar.

melodia escrita na pele do teu corpo, fico em ti, mergulho a minha mão no teu seio, e toda a galáxia parece dormir,

enquanto respiras,

enquanto te olho; nua.

 

amo-te.

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