(à Cristina)
sentava-me em todas as marés do meu
relógio, a mão que afugentava a noite era apenas uma sílaba de sono,
quando se esquecia de acordar,
e eu sabia que do outro lado da rua,
uma vírgula fugia do poema.
eu sentia-me perdido.
procurava na algibeira um nome,
um nome que me servisse e servisse
aqueles que me apedrejam,
sem nunca saberem, porque choravam as
acácias da minha infância. o mar.
melodia escrita na pele do teu corpo,
fico em ti, mergulho a minha mão no teu seio, e toda a galáxia parece dormir,
enquanto respiras,
enquanto te olho; nua.
amo-te.
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