Meu querido,
Deves estar muito feliz, Domingo, os
teus camaradas bombeiros vão condecorar-te; vais ter mais uma medalha para
juntares às outras duas que já tens.
Tu, muito feliz, e eu, muito orgulhoso.
Fui tão ruim, que um dia juraste se eu sobreviesse, não querias mais filhos. E
eu aqui estou. Só.
Ensinaste-me que eu tinha de te dividir
entre, os teus camaradas bombeiros e aqueles que precisavam de ajuda. Custou-me
muito, muito, mas aos poucos, éramos todos felizes. E a tua ausência passou a
ser permanência…
E Domingo, vou receber por ti, a
condecoração: sim, pai, passados alguns dias coloco a medalha no armário que
existe no segundo andar dos bombeiros com algumas recordações tuas, e claro,
ela lá esta melhor, do que esquecida numa das minhas estantes de livros.
Aos poucos, percebo, o quão bom foi ter-te
divido, entre os bombeiros e aqueles que precisavam de ajuda…
Domingo, pai. Domingo estaremos os
quatro juntos; eu, a Cristina, tu e a mãe.
Coitada da mãe; gosto tanto dela.
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