sexta-feira, 19 de julho de 2024

 

A quem pertence este barco ferrugento que trago no peito

Este barco que não tem nome,

E não sabe onde e quando nasceu. A quem pertence

Este mar envergonhado, que se passeia pelas tuas coxas,

E às vezes,

Se esconde no teu mamilo…

 

A quem pertence a laranja, a metade da laranja, depois de eu comer a outra metade,

A quem pertence o sol, e a saudade

E as terras onde se guerreiam, as abelhas. A quem pertence

Este barco de mil delírios, afogado nos teus lábios…

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