O bisturi que disseca o sonho, há uma flor de Primavera numa jarra de espuma, e o bisturi, disseca o sonho, em pedacinhos, em pequenas e minúsculas imagens,
O poeta-legista de caneta-bisturi na mão
Apontando ao que restou do sonho, a
porta de saída para a outra margem do rio, onde as páginas de um livro e os
seus filhinhos, procuram uma côdea de pão, para enganar a tarde.
O bisturi na mão do poeta, precisa de
cortar, precisa de serrar, cada imagem do sonho, cada segundo de felicidade do
sonho…
O sonho não pode viver. O sonho precisa
urgentemente de morrer, alguém tem que assassinar o sonho, antes que ele seja
dia.
Antes que ele seja hoje.
Antes que ele seja eu.
E o bisturi-poeta, ou a caneta-poeta,
talvez seja poeta-caneta-bisturi…
Talvez seja hoje,
Talvez.
Acredito que é hoje. (que o sonho vai ser assassinado)
(Francisco16/04/2024)
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