terça-feira, 16 de abril de 2024

O sonho

O bisturi que disseca o sonho, há uma flor de Primavera numa jarra de espuma, e o bisturi, disseca o sonho, em pedacinhos, em pequenas e minúsculas imagens,

 

O poeta-legista de caneta-bisturi na mão

Apontando ao que restou do sonho, a porta de saída para a outra margem do rio, onde as páginas de um livro e os seus filhinhos, procuram uma côdea de pão, para enganar a tarde.

O bisturi na mão do poeta, precisa de cortar, precisa de serrar, cada imagem do sonho, cada segundo de felicidade do sonho…

 

O sonho não pode viver. O sonho precisa urgentemente de morrer, alguém tem que assassinar o sonho, antes que ele seja dia.

Antes que ele seja hoje.

Antes que ele seja eu.

 

E o bisturi-poeta, ou a caneta-poeta, talvez seja poeta-caneta-bisturi…

Talvez seja hoje,

Talvez.

Acredito que é hoje. (que o sonho vai ser assassinado)

 

(Francisco16/04/2024)

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