Odeiam-te porque apenas
tens um
nome fictício, apenas
porque procuras na janela do livro invisível
a canção do desejo. Odeiam-te
cada vez mais como se a chuva fosse a culpada do assassinato da tua sombra.
Não tens culpa da morte.
E odeiam-te
na ânsia de que a tarde
traga na sua boca, a erva daninha do teu cabelo; esta pedra cinzenta traça
sorrisos na mediatriz da insónia.
(06/04/2024)
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