sábado, 6 de abril de 2024

Livro


Odeiam-te porque apenas tens um

nome fictício, apenas porque procuras na janela do livro invisível

a canção do desejo. Odeiam-te cada vez mais como se a chuva fosse a culpada do assassinato da tua sombra.

Não tens culpa da morte. E odeiam-te

na ânsia de que a tarde traga na sua boca, a erva daninha do teu cabelo; esta pedra cinzenta traça sorrisos na mediatriz da insónia.

 

(06/04/2024)

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