Percebo que o mar que tenho dentro de mim
Está revolto, percebo que
este mar, desde muitos anos, está cansado, do meu corpo,
Percebo que este mar, que
transporto desde criança, um dia,
Um dia terá de morrer.
Um dia, quando os meus
poemas forem os teus lábios em gramas de sorriso,
Percebo que este mar,
este mar que é meu, agora, percebo
Que um dia, vai morrer.
Ficarei com a maré,
ficarei com os barcos deste mar,
E um dia,
E um dia terá de morrer.
Percebo, meu amor,
percebo que o mar que tenho dentro de mim
Está só, percebo, que
este mar, que este mar não pertence ao meu corpo,
Cálice com veneno, que ao
peque-almoço te dou, com as mágoas dos meus poemas.
Um dia, um dia, meu amor,
um dia hei-de matar este mar,
Um dia hei-de assassinar
este mar,
Este mar que não é o meu
mar…
O meu mar, meu amor, o
meu mar era salgado, este,
Este é doce, e meigo.
E desajeitado
18/11/2023
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