Desta janela oiço a voz do silêncio em desespero,
Desta janela, converso,
desta janela converso com esta lareira,
E percebo que o meu corpo
flutua,
Navega nesse mar imenso,
Deste mar sem nome,
Invisível da minha
janela,
Desta lareira, desta
lareira observo a minha janela,
Olho-a sossegadamente,
Como se olha para uma
criança que acaba de brincar,
De cabelo ao vento,
No cabelo em flor,
Desta janela oiço a voz
Do silêncio em desespero,
Desta janela vejo a manhã
a erguer-se,
Vejo a noite quando se
deita junto a mim…
E tenho a certeza que o
meu corpo flutua…
E desaparece quando
regressa o luar.
01/11/2023
Sem comentários:
Enviar um comentário