Deste poema,
Palavras que escrevo no
teu corpo de erva fresca
Quando o teu olhar me
rouba o sono
E apagas as estrelas do
tecto da minha alcofa,
Deste poema,
O desejado vento que
brinca no teu cabelo
Quando um pedacinho de
luar poisa nos teus lábios,
E com medo,
O medo…
E com medo deito a minha
cabeça no teu peito,
Sendo eu um barco em
papel
Em busca de um porto de
mar com janela para a madrugada,
E deste poema,
Poema em construção na
tua pele de brancura manhã…
Que espera o Sol
E traz a mim a lua.
Francisco Luís Fontinha
(inédito)
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