sexta-feira, 7 de julho de 2023

O medo



Deste poema,

Palavras que escrevo no teu corpo de erva fresca

Quando o teu olhar me rouba o sono

E apagas as estrelas do tecto da minha alcofa,

Deste poema,

O desejado vento que brinca no teu cabelo

Quando um pedacinho de luar poisa nos teus lábios,

 

E com medo,

O medo…

E com medo deito a minha cabeça no teu peito,

Sendo eu um barco em papel

Em busca de um porto de mar com janela para a madrugada,

E deste poema,

Poema em construção na tua pele de brancura manhã…

Que espera o Sol

E traz a mim a lua.

 

 

 

 

Francisco Luís Fontinha

(inédito)

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