Amo-te…
Amo-te neste emaranhado
de Primaveras em flor
Deste triste poema
Sem nome
Deste pobre poema em
fome,
Amo-te…
Sabendo que apenas sou um
conjunto de palavras
Palavras minhas
As nossas palavras,
Amo-te…
Na clandestinidade deste
gigantesco Oceano
Dos vinhedos e dos
socalcos
Esta minha pobre enxada
Que devasta a terra
E o medo de amar…
Amo-te…
Sem que eu saiba porque
te amo…
E no entanto
Escrevo-te palavras…
As minhas palavras
Nas nossas tristes
palavras,
Amo-te…
Amo-te dentro deste túnel
de cansaço
Desta pobre avenida
Sem rimas para lançar ao
mar…
Sem promessas de um
abraço
Amo-te…
Como AL Berto o amava…
No silêncio do mar
Do silêncio de amar.
Alijó, 22/06/2023
Francisco Luís Fontinha
Sem comentários:
Enviar um comentário