Perguntávamos ao amor
Onde escondia o pecado do
corpo
Perguntávamos a Deus
Onde escondia a equação
do prazer
Do corpo
Em finíssimos uníssonos
de gemido
Perguntávamos à paixão
Onde guardava os beijos
da Primavera
Perguntávamos ao sono
Se o amor
Ainda escondia o pecado
do corpo
O apetecido corpo
Que bem semeado
Por palavras…
Sorri em cada madrugada
Perguntávamos ao corpo
Se ele
O corpo
Ainda queria ser corpo…
Nas mãos do poeta louco
E tão pouco
Quase lá…
A noite inventa o corpo
Abraça-me
E dois pequenos corpos de
luz…
Dão corpo
Ao pecado do corpo.
Luís Fontinha
27/05/2023
Sem comentários:
Enviar um comentário