Porque te
escondes no silêncio da noite,
Quando sabemos
que a noite
É uma tela de
insónia,
É uma palavra
desgovernada,
Antes de acordar
o dia…
Porque te
escondes na madrugada,
Dentro deste
poema em poesia,
Porque te
escondes dentro das cores do desejo…
Quando o
silêncio da madrugada
É um pedacinho
de mar…
É um sorriso que
não vejo.
Porque te
escondes do medo luar
Que parte da noite
em silêncio,
Se as tuas mãos
têm flores, se as tuas mãos têm o verbo amar…
Porque te
escondes nos lábios deste pequenino papel,
Onde semeio
ventos e amores,
Porque te
escondes no silêncio da noite…
Quando desenho a
noite na copa das árvores,
Porque te
escondes, abelha alvorada,
Alvorada de
tantos mares…
Porque te
escondes, menina do mar,
No jardim das
lágrimas,
E das montanhas
envenenadas,
Porque te escondes,
tu, tu que me afugentas…
E roubas todo o
sono das madrugadas.
Alijó,
03/05/2023
Francisco Luís
Fontinha
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