Habita em ti
Minha doce flor em Primavera,
A ribeira da paixão,
Onde banho a minha mão
Quando escrevo no teu
corpo
Amo-te…
E desenho no teu corpo
Desejo-te…
Habita em ti
A poesia das palavras,
Melodia matinal
Quando do teu corpo
Acordam as sanzalas da
minha infância.
Abraço-me em ti
Pedacinho das marés
envenenadas,
Poema das tardes à espera
do pôr-do-sol…
Habita em ti,
Flor cansada,
As estrelas dos teus
olhos
E as estrelas da madrugada.
Habita em ti,
Coração das noites
prateadas,
Minha canção de embalar…
Habita em ti todo o
silêncio do mar…
Todo,
Quando habita em ti a
paixão
E o verbo desejar.
Habitam em ti,
Minha Princesa das noites
de insónia,
As sílabas que o poema
inventa,
E dos teus lábios,
E dos meus lábios…
Acordam os gritos da alma...
Alijó, 12/04/2023
Francisco Luís Fontinha
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