Desenho-te neste
triangular silêncio
Que a luz
escreve no meu corpo
Oiço-te em
gemidos
Declamares os
meus poemas
E descanso no
teu sorriso.
Desenho-te sem
saber desenhar
E escrevo na tua
mão
Sem saber escrever
Mas invento o
vento
No teu saber.
Morro.
Cruzo os braços
dentro desta urna invisível
E das minhas
lágrimas
Em partida
Vêm a mim as
estrelas adormecidas.
E parte de mim
O rio onde me
afogo;
Tenho medo
Que a noite não
regresse mais
Aos meus lábios
insaciados na tempestade.
Desenho-te neste
quadro sem nome
Em fúria que
desce a montanha
Onde poiso as
cores do Outono
E uma ardósia de
sono
Prende-me aos
teus olhos de amar.
Alijó,
29/11/2022
Francisco Luís
Fontinha
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