Escrevo neste
rio teimoso
Rio que habita
no meu peito
Escrevo nos teus
olhos
As lágrimas do
amanhecer
Escrevo e não
escrevo
Mas temo que o
não possa fazer
Quando nos teus lábios
Crescer uma
flor.
Escrevo neste
rio envergonhado
Que dentro de
mim se perdeu na enxada da saudade
Dos dias sem
dormir
Nas noites quando
penso em ti
Montanha desalojada.
Escrevo com esta
pincelada enxada
No teu corpo que
desce a colina
Escrevo e não
escrevo
Escrever em teu
corpo de menina.
Alijó,
28/11/2022
Francisco Luís
Fontinha
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