Somos tristes
Alegres
Somos o mar
Quando temos sono
O beijo
No infinito Universo de
Deus
Au alto
Em baixo
Ergo-me
E converso com os teus
lábios
E nos teus lábios sei que
tenho paz
Volto a erguer-me
Agacho-me
Sento-me
Cago
E o gajo morre
O gajo
Sou eu
Um parafuso
Sem rosca
Com pernas
Braços
Ao amor
O que pertence ao amor
No entanto
Sento-me nesta pobre
parede
Com piolhos
Com lêndeas
Com sifles
Sem sifles
Arde-lhe a boca
Do incenso fumado
O gajo esgalha uma
Reza a Deus
Pede-lhe perdão…
Ai o perdão
Nas mãos de um barco
Cansado
Aflito
Em lágrimas
Percebes agora o
significado do poema?
Palavras
Massa
O arroz
Maldisposto
E o chouriço filho?
Quando o prato
Dorme em formatura
O triste soldado
Dispara a espingarda
PUM PUM PUM
Somos tristes
Alegres
Somos o mar
E que mar
O mar de amar de beijar
quando o luar é luar e o mar é o mar
Alijó, 24/10/2022
Francisco Luís Fontinha
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