sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Mentiras palavras

 

Não me abraces

Porque sou um poema envenenado

Habito nesta cidade das mentiras palavras

Não me habites

Tristes madrugadas

 

Das pobres flores semeadas

Não me abraces

Enquanto oiço as lágrimas dos teus olhos

Que dormem nestas mãos de pequenos nadas

Destas mãos sem palavras

 

 

Alijó, 28/10/2022

Francisco Luís Fontinha

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