Nos
olhos, a penumbra pomba adormecida,
Um
raio de luz desce e poisa-lhe na mão amachucada pela alvorada,
O
silêncio frio da despedida…
Quando
o Tejo se esconde na madrugada,
Os
barcos da solidão, cansados de esperar pela partida,
Uma
casa abandonada, recheada de flores adormecidas,
Canções
de amor, palavras esquecidas…
Não
mão do escritor,
Sempre
tive sonhos,
Viver
sobre o mar da esperança,
Levantar
bem alto o levante sofrido da escuridão…
Quando
criança,
Pegava
num pedaço de papel…
E
escrevia-te, não percebendo que não existias…
Amanhã
nova caminhada,
Amanhã
nova estória…
Ensanguentada,
Liberta
da memória,
E
dos pilares de areia da saudade,
Nos
olhos, a penumbra pomba adormecida,
Vive-se
vivendo na tentativa de partir…
E
nada deixar sobre a mesa… sobre a mesa sofrida.
Francisco
Luís Fontinha
Alijó,
30 de Julho de 2017
Sem comentários:
Enviar um comentário