segunda-feira, 13 de junho de 2016

Crianças de sombra


Morrem os dias de tédio,

Envenenam-se as horas com o tédio dos dias,

Desmoronam-se os castelos de areia

Sobre os corpos carbonizados,

Que os dias aprisionam aos barcos embalsamados,

Divide-se o silêncio pela insónia,

Subtrai-se à paixão a solidão…

E multiplica-se o desejo pela noite adormecida,

E assim, os dias de tédio,

Habitam-me como janelas acorrentadas ao sofrimento…

Morrem,

E divertem-se como crianças de sombra.

 

Francisco Luís Fontinha

segunda-feira, 13 de Junho de 2016

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