Sentia
a tua mão no fulgor da noite,
Cansei-me
do teu silêncio
Quando
acorda a manhã,
E
lá fora a viagem espera-me
Sem
destino nem lugar para aportar,
Sentia
a tua mão
No
meu indesejado destino,
Sem
palavras,
Sem
rios para navegar…
Um
sonâmbulo indiscreto
Sobrevoando
as gaivotas
E
palmilhando um corpo vazio…
Tenho
pena dos teus ossos transformados em poeira,
Pedaços
de nada
Alicerçados
ao cais da despedida,
Cansei-me
das tuas mãos,
Cansei-me
de mim e do teu sorriso,
Cansei-me
dos teus olhos
Que
ofuscam o luar,
O
sonho da solidão
Nas
raízes da paixão…
Estar
só
E
sentir a tua mão no fulgor da noite.
Francisco
Luís Fontinha
segunda-feira,
21 de Março de 2016
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