Se
o cubo de vidro se partir
Deixo
de ter Pátria (já não a tenho)
Identidade
Nome
Idade,
Se
o cubo de vidro se partir
Deixo
de ser eu
O
menino dos papagaios em papel
O
menino dos musseques
E
dos sonhos de cordel,
O
machimbombo apeado no meu peito
Sem
saber que o amor não pertence a este horário
Cidade
Sonho
Balneário
deserto recheado de corpos perfumados
E
plantas amarguradas,
Se
o cubo de vidro se partir
Deixo
de pertencer a ti
Montanha
enamorada
Planície
das sanzalas
Noite
sem madrugada…
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Quinta-feira,
22 de Outubro de 2015
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