quarta-feira, 1 de abril de 2015

Infelizes madrugadas


O teu nome

Martirizado nas ombreiras do silêncio

Na parede

A solidão dos ossos

Vaporizando-se em pedacinhos de incerteza

O poema sente os teus lábios

O poema alicerça-se ao poeta

Que beija

Os teus lábios

O teu nome

Sem nome

Como as infelizes madrugadas do prazer

Acendo a insónia dos travestidos medos

A ponte balança

… Mas… mas não cai

Como todas as pétalas de rosa

Do jardim do teu livro

Onde habitam as tuas mágoas cinzentas…

 

                       

Francisco Luís Fontinha – Alijó

Quarta-feira, 1 de Abril de 2015

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