Navegas
na morte, habitam em ti as saudades da partida, o regresso sem saída,
absorto, infinitesimal adormecido numa lápide de sonho, partimos,
chegamos, o frio entranhou-se-nos nos ossos, esquecemos as palavras,
e todos os momentos, a loucura imaginária dos vinhedos escrevia nos
rochedos... o xisto disfarçado de “Alimento para Cães”, as ruas
inúteis, fúteis, onde ”putas e drogados” dormiam para fugirem
ao vicio, a emigração dos corações de areia, a sedução, o
prazer quando o teu corpo balançava na alegria, o sótão vazio, o
telhado encravado nas ombreiras da paixão,
Amo-te,
escreve ela todos os dias no espelho embaciado,
Amas-me?
O
que é o amor, meu amor...
Palavras,
poemas, poetas... & mortos sem cabeça, Amas-me? O que é o amor,
meu amor...
Pedra,
madeira...ou papel quadriculado,
Oiço
“Foda-se
o amor”
E...
Tão
belo como as sandálias da infância... sonhadoras,
(ficção)
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Sexta-feira,
13 de Fevereiro de 2015
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