Os quatro círculos
de luz que envenenam o teu olhar
na geometria
apátrida dos teus lábios,
a brancura da
montanha sem coração...
O teu corpo em
chamas funde-se nos silêncios cansados da tarde,
tens nas mãos os
trémulos compassos do sofrimento,
gemes,
e inventas imagens
no invisível luar,
Há um pássaro
vestido de papel que te incendeia,
tu, tu ignoras os
horários marinhos,
tu, tu ignoras os
calendários sem quadrados nas semanas que alguém constrói só para
ti...
finges estar sentado
no cadeirão de sombras como se fosses uma pedra sem lei,
tens na boca a
amargura da dor,
e do teu corpo em
chamas...
a madrugada que
nunca mais cresce,
e desaparece como
uma tempestade de néones sobre a cidade...
Os quatro círculos
de luz... um dia extinguir-se-ão como os vidros da tua alma,
um caixote de iões
envolverá os teus cabelos,
e a brancura da
montanha sem coração... será o abismo das palavras prometidas...
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Domingo, 19 de
Outubro de 2014
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