quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Espingarda de amar


Esta espingarda de amar
que vive sem matar
não há bala nem canhão
que se alicerce no teu coração,
o amor travestido de socalco
descendo a montanha do adeus
o rio... longe
o rio come
e alimenta
este corpo descalço
um desenho pintado no ar
um suspiro... um suspiro pronto a disparar...
esta espingarda de amar
que vive sem matar
esta paixão quadriculada
sempre pronta para voar,
voar... voar na madrugada.



Francisco Luís Fontinha – Alijó
Quarta-feira, 29 de Outubro de 2014

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