Não há peixes no
rio que corre nas minhas veias,
não existem
pássaros nas árvores que habitam os meus cabelos,
não,
não há andorinhas
nos meus lábios,
nem... nem gaivotas
que poisem no meu peito...
há rochedos em mim,
clarabóias com
sabor a desejo,
não há mãos que
escrevam palavras...
nas páginas
cansadas do amanhecer,
não... não há
madrugadas pinceladas de beijos,
não há silêncio
dentro do meu esconderijo,
estrelas suspensas
no tecto da saudade,
não há montanhas
de verdade,
nem uma cidade
clandestina...
onde possa caminhar
sem medo do mar.
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Quinta-feira, 4 de
Setembro de 2014
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