foto de: A&M ART and Photos
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Quero o teu corpo mergulhado em mim,
sentindo-o nos meus dedos, semeando-o
no meu peito,
há nos teus lábios o anseio, o
desejo, e a plenitude perfumada da rosa acabada de nascer,
a madrugada cessa, vai-se... e corre em
direcção ao rio imaginário que só o teu púbis conhece,
e tu, e tu dentro de mim, esperas-me,
esperas as minhas mãos que se entranham nos teus seios de ribeira
adormecida, imaginas-me um esqueleto de sémen...
saberei a cor dos teus olhos
envergonhados?
quero o teu corpo, a tua pele insígnia
quando florirem as árvores na Primavera, quero-o...
sentar-me no teu colo, acariciar a tua
boca como se fosses um poema acabado de escrever,
ainda sem nome,
apenas um poema como tu,
um poema mergulhado em palavras
esbranquiçadas que só os muros do medo... conhecem, e amam,
quero-o, assim, quero-o eternamente
meu, eternamente amado... eternamente... quero-o.
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Sexta-feira, 14 de Março de 2014
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