foto de: Martin Bernier |
Incinero-me na tua sombra com os
espelhos nocturnos do inverso complexo número
e sinto em ti as cinzas equações das
tristes integrais
duplas… triplas...
infinitamente sós
soalheiramente sentadas num
quadriculado caderno com capa negra
argolas nuas dos simplificados arames
maleáveis em chapéus de palha humedecida pelo desejo orvalho da
madrugada...
sinto-te desfalecer a cada minuto em
desassossego e as janelas não mais acordaram depois da tempestade
o silêncio mergulha-te
insemina-te de falsos alicerces...
como falsas deles as palavras que somos
obrigados a ouvir
incinero-me na tua sombra sem o saber
e não entendo as tuas lágrimas após
caírem sobre o soalho os cortinados da solidão...
@Francisco Luís Fontinha – Alijó
Quinta-feira, 16 de Janeiro de 2014
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