foto de: A&M ART and Photos
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inventaste-me e inventaste o amor
descreveste no meu corpo de âncora
adormecida
a paixão dos homens
inventaste-me e esculpiste nos meus
lábios a dor
e a melancolia e o sofrimento...
e o desejo de ser desejado
pelo desejo inventado
por ti
por ele
pelas sombras que vivem nas cidades
inventaste-me e inventaste o amor
e escreveste que eu era invisível
que eu tinha asas
e pulmões de papel
como os barcos
e as tristes marés
que das tuas mãos
delas
de ti
inventaste-me e inventaste o amor
e os peregrinos teus medos no caixão
do cio
de ti delas
deles
coitadas das coxas de água salgada
saltitando entre as pedras em silêncio
e os corações de inveja
(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha – Alijó
quinta-feira, 15 de Agosto de 2013
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