foto: A&M ART and Photos
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Há uma cidade nocturna dentro dos
nossos livros
tocados
oferecidos
livros... inventados
adormecidos entre os parêntesis da
madrugada como os nossos corpos entrelaçados,
Havia uma figueira anã com dentes
longos e finos do marfim silêncio da manhã
depois dos abutres homens com cigarros
de brincar
entrarem em nós
e parecíamos crianças perdidas na mão
do feitiço
ah.. aquela luz despedaçada contra os
olhos do escorpião azul-marinho...
Como os nossos corpos dilacerados e
envenenados
com as palavras que sobejaram dos
livros trocados
emprestados... alguns
sem o sabermos
sem... que a luz do eterno menino de
calções acordasse para nos atormentar,
Quem?
aquele infeliz desejo que é o abraço
ao teu ancorado corpo...
o menino mar comendo barcos e
chapinhando a água salgada
das lágrimas da montanha do sonho
onde habita um castelo de insónia como
filetes em textos complexos (não ficção),
“Cuidado” nas investidas noites com
lâmpadas de tédio
procurando o rio onde dormem os
destroços da alma
os restos ressequidos dos corpos
abandonados
em suores de sémen
correndo calçada abaixo...
(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha
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