foto: A&M ART and Photos
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Esta é a minha cidade inventada por
Deus
que me esconde quando acordam as
tempestades
e o mar sobe até ao quinto andar
e há uma porta em forma de cacimbo
com o cheiro a capim doce e a terra
húmida,
Há em mim esta cidade
preenchida nas telas brancas
com espaços vazios
sombrias depois dos alicerces teus
cabelos
mergulharem na penumbra do feitiço da
noite,
Procuro a saída e percebo que nesta
cidade
na rua onde habito desta cidade
não tem portas de emergência
não tem escadas de incêndio...
nem as palavras poéticas das melodias
dos cigarros em festa,
Esta cidade é uma “merda” de
cidade inventada
tem muitas portas
tem muitas janelas
mas nenhuma delas
me dão acesso ao amor dos jardins
junto ao rio,
Nesta cidade perdido ando como um
vampiro
ou um ramo de árvore depois do
pequeno-almoço
quando a sorte desaparece e as pequenas
lâmpadas do estômago fingem-se apagadas
esta cidade com esqueleto de vidro e
aço e granito
e pingos de silêncio dos suicídios
das gaivotas cinzentas...
(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha
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