uma gaivota de sémen mergulha nos
lençóis húmidos da madrugada
quando do clitóris desce o Rossio em
direcção ao rio
das palavras
sento-me apaixonadamente no Jeronymo
(Chiado)
e enrolo-me no café amargo que da mão
da caneta de tinta permanente
escreve “para ti, com amor”...
e um silêncio de noite
entranha-se no novo livro de A. Lobo
Antunes (Não É Meia Noite Quem Quer)
e eu quero
preciso urgentemente que seja sempre
sábado
noite
sem estrelas
nem árvores
apenas o mar
e o rio
apenas tu
com amor
no poético corpo de gelo que a
madrugada me oferece.
(poema não revisto)
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