Dou
dou amor
e recebo beijos de areia
e recebo abraços de ingratidão
dou
e escrevo palavras parvas
que ninguém gosta
ninguém lê
(morre o tinteiro de tinta permanente, substituo-o, mudo de linha,
parêntesis ao amor,
travão nas palavras de merda que eu escrevo
e que ninguém lê
ninguém gosta)
ao mar que ofereço amor
e recebo beijos de areia
sem sabor
dou
dou
dou pergaminhos com perfume a incenso
(e que se foda todo o amor
e todos os sorrisos de ingratidão
e todos os beijos de areia)
a finíssima areia do Mussulo
dou
dou
dou palavras parvas
que ninguém lê
ninguém gosta
na finíssima areia do Mussulo.
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