quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Manhãs de sofrer

Todas as portas se encerram
E todas as janelas fingem adormecer
Todas as paredes encolhem
Nas manhãs de sofrer,

Em todas as noites um livro se revolta
Quando olha o espelho de ontem e um travestido
Esqueleto brinca com um papagaio de papel
(Todas as portas se enceram
E todas as janelas fingem adormecer)
E à minha volta
Um poema sofrido
Em gemidos de mel…

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