Mostrar mensagens com a etiqueta terra pedra. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta terra pedra. Mostrar todas as mensagens

domingo, 30 de janeiro de 2022

Abraço

 

Abraça-me,

Como se eu fosse uma pedra

Fundeada no mar.

Abraça-me,

Como se eu fosse uma ponte

Suspensa no ar.

Abraça-me,

Como se eu fosse uma janela

Para observares o luar.

Abraça-me,

Como se eu fosse um poema

Nos sonhos de sonhar.

Abraça-me,

Como se eu fosse uma flor

Nos teus lábios ao deitar.

 

Abraça-me,

Como se eu fosse uma pedra,

Ou uma pequena alma penada;

Porque deste corpo em guerra,

No final, não sobrará nada.

 

E de abraço em abraço,

De cidade em cidade,

Esqueço o cansaço,

Mas nunca, nunca esqueço a saudade.

 

 

 

Francisco Luís Fontinha

Alijó, 30/01/2022