Vagueio miseravelmente no compartimento dos sonhos
E das teias de aranha da infância
Em Luanda
Pego no mar
E pinto-o na minha mão
Antes de acordar
Vejo-me sentado na marginal
Agachado na sombra de um coqueiro
À espera que o mar me venha buscar
Que o mar pintado na minha mão
Sorria para mim
Sorria sem me acordar
Vagueio miseravelmente no compartimento dos sonhos
E das teias de aranha da infância
Em Luanda
Pego no mar…
E um papagaio de papel
Poisa sobre mim e sorri
Sorri sem me acordar.
domingo, 11 de dezembro de 2011
Aos poucos corri com os amigos da minha vida,
Hoje, hoje limito-me a ouvir os pássaros e a olhar as árvores e a recordar uma calçada frente ao rio,
Aos poucos fiquei pendurado entre o silêncio e a noite, aos poucos, aos poucos desapareceram os sonhos… e sentado na solidão pinto o mar de Luanda nas minhas mãos.
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