sexta-feira, 18 de maio de 2012
quarta-feira, 16 de maio de 2012
desesperadamente só
Desesperadamente
só
entre navalhas de xisto
e sonhos de açúcar
desesperadamente
só
entre a noite que não acorda
e a madrugada que teima em acordar
desesperadamente
só
à beirinha de um rio
sem te encontrar
só
entre navalhas de xisto
e sonhos de açúcar
desesperadamente
só
entre a noite que não acorda
e a madrugada que teima em acordar
desesperadamente
só
à beirinha de um rio
sem te encontrar
terça-feira, 15 de maio de 2012
imagens de néon
havia no teu corpo
uma finíssima sombra de palavras
um uivo de rimas
caminhava desesperadamente sobre a tua pele macia de amanhecer
ainda não tinha acordado o dia
ainda dormias dentro dos poemas de inverno
e na janela da sala
o meu rosto imaginava o longínquo mar de Luanda
havia barcos enferrujados pela solidão
das palmeiras
havia gaivotas poisadas sobre os barcos
enferrujados pela solidão das palmeiras
havia um miúdo à procura de rimas
e rimas à procura de um miúdo
que rabiscava desenhos cansados
no pavimento do porto de mar
onde adormeciam rebocadores
e velhos abraçados a bengalas de pergaminho
(havia no teu corpo
uma finíssima sombra de palavras)
havia vento
e palavras na sombra das palmeiras
havia a solidão
que caminhava na tua pele de desejo
(havia no teu corpo
uma finíssima sombra de palavras)
havia um rio que me conhecia
e me amava
e me abraçava
havia um porto de mar sem número de polícia
havia barcos
e livros deitados nos olhos dos barcos
meu deus – Tanta coisa que havia...
e hoje são apenas imagens de néon
uma finíssima sombra de palavras
um uivo de rimas
caminhava desesperadamente sobre a tua pele macia de amanhecer
ainda não tinha acordado o dia
ainda dormias dentro dos poemas de inverno
e na janela da sala
o meu rosto imaginava o longínquo mar de Luanda
havia barcos enferrujados pela solidão
das palmeiras
havia gaivotas poisadas sobre os barcos
enferrujados pela solidão das palmeiras
havia um miúdo à procura de rimas
e rimas à procura de um miúdo
que rabiscava desenhos cansados
no pavimento do porto de mar
onde adormeciam rebocadores
e velhos abraçados a bengalas de pergaminho
(havia no teu corpo
uma finíssima sombra de palavras)
havia vento
e palavras na sombra das palmeiras
havia a solidão
que caminhava na tua pele de desejo
(havia no teu corpo
uma finíssima sombra de palavras)
havia um rio que me conhecia
e me amava
e me abraçava
havia um porto de mar sem número de polícia
havia barcos
e livros deitados nos olhos dos barcos
meu deus – Tanta coisa que havia...
e hoje são apenas imagens de néon
Subscrever:
Mensagens (Atom)