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terça-feira, 12 de março de 2024

Leituras

 


Continuando na minha viagem ao surrealismo, e depois de ter terminado a obra de Artur do Cruzeiros Seixas, que é deslumbrante, apenas achei estranho em quase 99% dos poemas aparecer a palavra; azul.

Azul.

Vou continuar a minha caminhada com A Única Real Tradição Viva, Antologia Da Poesia Surrealista Portuguesa. Assírio & Alvim.

Boas leituras.

 

(orgasmo literário)


sábado, 24 de fevereiro de 2024

Leituras

 


Depois de fazer um interregno nas minhas leituras sobre o surrealismo português, tendo nesse intervalo de tempo lido a Sophia (obra completa poesia e prosa), Júlio Pomar e Vinicius (antologia poética), volto com Artur do Cruzeiro Seixas.

 

Artur do Cruzeiro Seixas é um dos grandes nomes do surrealismo português e europeu.

Nasceu na Amadora em 3 de Dezembro de 1920 e faleceu em Lisboa a 8 de Novembro de 2020.

 

Há um livro de Cruzeiro Seixas e de Luiz Pacheco que eu gostava muito de ter, quando tiver dinheiro é claro; Comunidade, tem 36 páginas e custa 1350€.

 

Aos leitores deste espaço, deixo a sugestão.

Na imagem: Obra Poética, Artur do Cruzeiro Seixas, Porto Editora.

 

 

24/02/2024


terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

A Dança dos Girassóis

 

No céu de veludo azul, a lua bailarina,

Com sorriso de marfim, guia a noite serena.

No jardim adormecido, sob a luz argentina,

Os girassóis sonham acordados, numa dança serena.

Girassóis de pétalas douradas,

Que dançam ao ritmo da brisa perfumada,

Com seus rostos voltados para o sol que se esconde,

Guardam segredos de fadas em seus corações redondos.

As abelhas adormecem em seus cálices macios,

Enquanto vaga-lumes traçam linhas de fogo nos vales sombrios.

Um rouxinol canta uma canção melancólica,

Que ecoa nas folhas verdes da hera mágica.

No silêncio da noite, a dança se intensifica,

Os girassóis giram em círculos, numa roda mística.

Seus rostos se tocam, suas pétalas se entrelaçam,

E a lua observa tudo com seus olhos de prata.

Ao romper da aurora, quando o sol surge no horizonte,

Os girassóis se voltam para ele, num gesto de amor constante.

A dança termina, mas a magia permanece,

No perfume das flores e no canto dos pássaros que amanhecem.