Há silêncios que
lutam enquanto dormes, e sonhas,
há mãos que se
cruzam, mãos que rezam...
há silêncios que
tu não entendes,
palavras escritas na
escuridão,
há silêncios que
labutam, que gritam... que morrem...
Há cabelos que se
despedem do amanhecer,
cabelos brancos,
cabelos frágeis, e mãos que rezam,
há silêncios que
não te esquecem,
que nunca te
ignoram,
cabelos loucos,
cabelos que namoram,
Há...
talvez...
um poemário à tua
espera,
Há silêncios
dentro do teu armário,
e crucifixos
embrulhados em cinzentas pálpebras,
há as tuas
palavras,
que acredito, não
acredito...
Mas que tento
acreditar!
Há luzes que
brilham, luzes que são engolidas por embarcações enjoadas,
lágrimas, e tristes
madrugadas,
poesia, poesia...
nos teus cabelos suicidados...
há silêncios...
E... e adormecidos
soldados.
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Segunda-feira, 16 de
Junho de 2014