Menina que te
sentas junto ao rio
Que tens na mão
Um livro
envenenado
Que tens nos
olhos uma lágrima de sangue,
Menina que estás
sentada
E que lês as
palavras que semeio
E que beijas as
palavras que lanço ao vento,
Menina que
esperas o mar
Quando o mar
está sereno
E calmo como as estrelas
da madrugada,
Menina que estás
sentada
E ergues as mãos
para a minha morada
Não tenhas medo
Medo da alvorada…
Não tenhas medo
Medo de estar
sentada.
Alijó,
05/01/2023
Francisco Luís
Fontinha