Deixa que as tuas mãos morram
E que o corpo se extinga
nas páginas de um livro,
Deixa que a noite invente
nas estrelas
O sorriso daqueles que
partiram.
- O regresso das árvores quando
tudo se extinguiu,
Deixa que as tuas mãos
Invadam este caixão de
prata
Com duzentos e seis ossos
de sono.
Deixa que as tuas mãos
morram
Na lareira da noite
Enquanto o meu caixão
Dorme nos lábios deste
rio sem nome.
Alijó, 18/12/2022
Francisco Luís Fontinha